
19 de outubro de 2009 | 11h16
Os EUA e a Rússia estão de acordo quanto à necessidade de avaliar novas medidas contra o Irã se não houver uma solução diplomática para conter o programa nuclear da República Islâmica, disse a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, numa entrevista concedida nesta segunda-feira, 19.
Em sua visita a Moscou na semana passada, Hillary não obteve promessas específicas de sanções mais duras ao Irã, mas ela afirmou na entrevista que há um consenso com o Kremlin sobre como proceder.
"Concordamos em fazer da diplomacia a prioridade com o Irã. Mas, se não tivermos sucesso, vamos considerar outras medidas", disse Hillary na entrevista, feita pela edição russa da Newsweek e publicada no jornal alemão Die Welt.
Ela descreveu suas conversas com as autoridades russas como "muito construtivas", e disse haver "plena concordância" sobre o caminho a trilhar. Elogiou também Moscou por não ter levado adiante seus planos para entregar mísseis avançados S300 a Teerã.
"Até agora, eles não entregaram nenhum sistema de foguetes ao Irã. Vemos isso como um bom sinal", declarou ela, de acordo com a versão traduzida para o alemão.
A secretária também reiterou que os EUA querem cooperar com a Rússia na questão da defesa antimísseis, depois de o governo de Barack Obama ter abandonado os planos de seu antecessor, George W. Bush, para construir um escudo antimísseis na Europa Oriental, ideia à qual os russos se opunham.
"Na questão do escudo antimísseis, estamos muito abertos à cooperação com os russos. Deixamos isso claro a eles. Acreditamos que uma defesa antimísseis conjunta faça sentido", disse Hillary.
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