
27 de janeiro de 2009 | 16h50
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, afirmou nesta terça-feira, 27, no Senado americano que, "há algum tempo, o país está preparado para enfrentar qualquer ameaça militar da China". A declaração de Gates foi feita numa sessão da Comissão de Serviços Armados do Senado, durante a qual explicou as diretrizes do novo governo em matéria de segurança e defesa. Veja também: Para Hillary, Irã deve dar 1.º passo para aproximação Afeganistão é o maior desafio militar dos EUA, diz Gates Nesta terça, pela primeira vez, o secretário de Defesa, no cargo desde o governo Bush, falou no Congresso como chefe do Pentágono na administração de Barack Obama. Gates disse aos legisladores que o Pentágono desenvolve programas capazes de fazer frente aos avanços tecnológicos da China que possam "ameaçar os porta-aviões" americanos. Embora não tenha dado mais detalhes, o secretário de Defesa assegurou que a Marinha e a Força Aérea americana estão bem posicionadas na Ásia. No entanto, Gates disse que os EUA devem continuar monitorando o Sudeste Asiático, onde a Coreia do Norte "continua sendo uma ameaça à estabilidade regional" e a influência estratégica da China "segue crescendo." Nos últimos anos, Pequim aumentou seu orçamento destinado à defesa, numa tentativa de intimidar seus vizinhos. Em março de 2007, lembrou o senador democrata Daniel Akaka, a China anunciou um aumento de 19,47% de seus gastos militares. Iraque Sobre o Iraque, Gates advertiu que ainda pode haver derrotas no país árabe e os americanos devem estar prontos para continuarem na região por muitos outros anos. "Ainda que a violência permaneça em um nível baixo, há potencial para derrotas e deve haver dias duros pela frente para nossas tropas", disse o secretário. "Conforme nossa presença militar diminui com o tempo, nós devemos ainda esperar um envolvimento no Iraque em algum nível por muitos anos pela frente", continuou. A previsão ocorre no momento em que Obama considera suas opções para retirar tropas do Iraque. Uma das propostas prevê o fim do envolvimento das tropas em combates em até 16 meses, conforme uma promessa de campanha do novo presidente. A intenção da nova administração do país é enfocar mais o Afeganistão, país onde ocorre um aumento da violência. Um dos planos apoiado por Obama consiste em duplicar o contingente de 34 mil soldados dos EUA em território afegão.
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