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EUA iniciam deportação à Alemanha de guarda nazista

Ucraniano John Demjanjuk, de 89 anos, é acusado de ter ajudado a matar 29 mil judeus na Segunda Guerra

Por Efe
Atualização:

Agentes federais dos Estados Unidos detiveram nesta segunda-feira, 11, em casa o suposto ex-guarda nazista John Demjanjuk e o levaram em uma ambulância para deportá-lo para Alemanha, onde é acusado de ter ajudado no extermínio de 29 mil judeus. Demjanjuk, de 89 anos, viajará esta noite a Munique, onde será julgado por ter supostamente colaborado no Holocausto como guarda no campo de concentração de Sobibor.

 

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Uma de suas tarefas era dirigir os judeus dos trens para as câmaras de gás, segundo a Procuradoria dos EUA e o tribunal da Alemanha que pediu sua deportação. O ucraniano nega as acusações e diz que lutou nas fileiras soviéticas e que foi capturado pela Alemanha, que o manteve como prisioneiro até 1944.

 

Sua deportação porá fim a anos de disputas legais para impedir sua volta à Alemanha. Se não houver mudanças de última hora, os EUA deportarão esta noite Demjanjuk pela segunda vez, já que em 1986 ele foi extraditado a Israel, onde em primeira instância foi condenado à morte por ser o guarda conhecido como "Ivan, o Terrível" do campo de concentração de Treblinka.

 

No entanto, a Suprema Corte israelense anulou a condenação em 1993 ao concluir que provavelmente "Ivan" não era ele, mas outro ucraniano. Demjanjuk retornou aos EUA, onde havia tido retirada sua cidadania após o processo israelense, e viveu desde então como apátrida. Em 2005, um tribunal americano ordenou sua deportação após concluir que ele realmente foi um guarda nazista em outros campos de concentração.

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