10 de julho de 2010 | 15h44
Uma reportagem do jornal The New York Times disse neste sábado que o governo de Barack Obama conduziu tais exames em mais de 2.900 empresas até agora -- um número que seria bem maior que a quantidade de empresas afetadas pelas patrulhas de imigração em fábricas e fazendas durante os oito anos de governo do predecessor republicano de Obama, George W. Bush.
A agência responsável por investigar casos de imigração ilegal (a ICE, pela sigla em inglês) já impôs 3 milhões de dólares em multas a empresas infratoras.
Segundo o jornal, o governo obriga as empresas a demitir todo imigrante ilegal descoberto em suas folhas de pagamento -- não apenas aqueles trabalhando durante o exame -- e torna mais difícil para as empresas substituir os funcionários demitidos com outros trabalhadores desautorizados.
O NYT disse, porém, que a maioria dos trabalhadores descobertos pela investigação não estão sendo deportados ao perderem o emprego, e que o governo não tem feito mais acusações criminais a imigrantes ilegais de ficha limpa.
O diretor da agência, John Morton, disse ao jornal que a proposta dos exames é criar "uma cultura de consentimento" em que os empregadores verificariam de forma rotineira a situação legal de seus trabalhadores. Ele disse que a agência está mais interessada em encontrar grandes empregadores de ilegais.
Com eleições ao Congresso norte-americano em novembro, a imigração ilegal se tornou uma preocupação crescente. Tradicionalmente, os hispânicos tendem a votar pelos democratas, mas o Partido Republicano vem ganhando espaço entre eles.
O Departamento de Justiça dos EUA entrou com processo nesta semana contra o Estado do Arizona, por causa de uma nova lei estadual que exige que a polícia comum (e não a polícia federal especializada em imigração) investigue a situação de imigração de qualquer um minimamente suspeito de ser imigrante ilegal.
(Reportagem de James B. Kelleher)
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