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EUA pedem que Israel e palestinos evitem medidas unilaterais

Decisões podem minar esforços para retomada das negociações de paz, alerta Washington

Atualização:

WASHINGTON - A Casa Branca insistiu nesta quinta-feira, 11, que Israel e palestinos não tomem medidas unilaterais que possam minar as chances de uma renovação das negociações de paz interrompidas há um longo tempo.

 

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O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, fez o comentário depois que o ministro de Interior de Israel deu a aprovação final no plano para construir 1,6 mil casas para judeus na Jerusalém Oriental, um projeto cujo anúncio no ano passado, durante visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, causou um racha diplomático com Washington. O governo do presidente americano, Barack Obama, que fracassou em reviver o processo de paz no Oriente Médio, tem pressionado Israel, com pouco sucesso, a interromper a expansão de colônias judaicas.

 

Ao mesmo tempo, Washington já deixou claro que se opõe a qualquer tentativa dos palestinos de obter o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) como Estado em setembro, na ausência de negociações de paz que eles suspenderam por conta de divergências a respeito da construção de colônias em terras ocupadas. "Nossa posição sobre isso não mudou", afirmou Carney ao ser questionado sobre se a autorização oficial do governo de Israel para o projeto de colonização prejudicaria os esforços dos EUA de dissuadir os palestinos da busca pelo reconhecimento da ONU. "Nós obviamente insistimos que os dois lados não tomem quaisquer medidas que dificultem para os dois lados se unirem e negociarem", disse ele a repórteres a bordo do avião presidencial Air Force One, enquanto Obama seguia para uma visita a uma fábrica em Michigan. Os palestinos querem Jerusalém Oriental como a capital do Estado que esperam fundar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, ocupada por Israel na guerra do Oriente Médio em 1967. Israel considera toda a Jerusalém como sua capital - um status não reconhecido no exterior.

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