
24 de agosto de 2011 | 21h03
NOVA YORK - Os Estados Unidos pediram na quarta-feira ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que libere US$ 1,5 bilhão do patrimônio líbio, uma proposta que a África do Sul bloqueou durante semanas, por discordar da concessão de verbas aos rebeldes do país.
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A delegação -americana disse que é preciso liberar dinheiro para fins civis e humanitários "o mais rapidamente possível". Diplomatas dizem que os 15 países do Conselho podem votar a medida na quinta ou sexta-feira.
O patrimônio foi congelado nos EUA como parte das sanções ao regime de Muamar Kadafi, e agora pode ser liberado aos rebeldes que já controlam a maior parte do país, inclusive a capital, Trípoli. O paradeiro do coronel é desconhecido.
"Nenhuma verba disponibilizada por esta resolução será oferecida para a compra de armas, equipamentos militares não-letais ou qualquer outra atividade relacionada aos militares", disse a proposta norte-americana. Dos US$ 1,5 bilhão, US$ 500 milhões seriam destinados diretamente a organizações humanitárias internacionais, algo a que a delegação sul-africana diz não se opor.
Mas diplomatas dizem que os sul-africanos continuam fazendo restrições ao destino do outro bilhão de dólares, que seria destinado a "terceiros que forneçam combustível e outros produtos humanitários urgentemente necessários", além daquilo que a proposta de resolução descreve como um "mecanismo internacional" para propiciar serviços sociais.
Uma medida como essa normalmente tramitaria no comitê que cuida das sanções à Líbia, mas os EUA decidiram levá-la diretamente ao Conselho por causa das objeções sul-africanas à proposta originalmente feita por Washington em 8 de agosto.
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