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Eventos a favor e contra centro muçulmano lembrarão 11 de setembro

Grupos realizarão marchas após eventos oficiais que lembram vítimas dos atentados

Atualização:

Imagem do Marco Zero em setembro de 2008.

 

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NOVA YORK - Manifestantes contra e a favor da construção de um centro muçulmano próximo ao local onde ficava o World Trade Center em Nova York vão marcar os nove anos do ataque de 11 de setembro de 2001.

 

A proposta de construção do centro cultural muçulmano a duas quadras do local onde aconteceram os ataques da Al-Qaeda que mataram cerca de 3 mil pessoas despertou um debate nacional nos EUA.

 

O grupo Stop Islamization of America (Parem com a Islamização da América, Sioa, na sigla em inglês) vai realizar uma marcha à tarde na parte baixa de Manhattan, logo após a cerimônia anual oficial em memória das vítimas dos ataques. O grupo disse que a lista de participantes inclui o ex-presidente da Câmara dos Deputados Newt Gingrich, o ex-embaixador na Organização das Nações Unidas (ONU) John Bolton, o parlamentar holandês Geert Wilders e familiares das vítimas do ataque de 11 de setembro. Grupos muçulmanos e árabes nos EUA vão se reunir esta semana para discutir como vão lembrar o ataque, que vai coincidir com o feriado muçulmano que marca o fim do mês sagrado do Ramadã. "Não vamos fazer uma (manifestação) pelas ruas. Não é esse o tipo de comportamento que temos", disse Linda Sarsour, diretora da Associação Árabe Americana de Nova York. Ela afirmou que a coalizão estuda promover um grande projeto comunitário, um jantar ecumênico e vários outros eventos para promover o entendimento. Neste domingo, grupos contra e a favor da construção do centro também planejam marchas em Manhattan.

 

O projeto do centro, chamado Cordoba House, inclui um prédio com espaço para orações, auditório, piscina e salas de reuniões. A estrutura planejada não inclui minarete ou domo -- símbolos associados com mesquitas.

 

O projeto despertou críticas dos familiares das vítimas dos atentados de 2001, realizados por fundamentalistas islâmicos. Eles consideram o local sensível para a construção do centro e acreditam que erguê-lo ali seria um ato de desrespeito.

 

O complexo de 13 andares que está sendo construído foi orçado em US$ 100 milhões. O centro terá uma mesquita, estações culturais, áreas esportivas e outros espaços públicos.

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O governo do Estado de Nova Jersey já ofereceu um terreno longe do Marco Zero para a construção do centro. Os idealizadores do projeto, porém, alegam que ele atenderia a comunidade de Manhattan e descartaram levá-lo para outro lugar.

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