
20 de julho de 2012 | 17h37
Relatórios preparados nesta semana por analistas de inteligência para a polícia de Nova York dizem que três planos foram desmascarados em janeiro, três em fevereiro e outros três desde o fim de junho. O Irã nega repetidamente que dê apoio a atentados militantes.
O atentado suicida desta semana num ônibus com turistas israelenses na Bulgária teria sido o segundo plano descoberto nesse país europeu. Os documentos apontam também dois complôs desbaratados em Bangcoc (Tailândia) e um caso em cada um dos seguintes lugares: Nova Déli (Índia), Tbilisi (Geórgia), Baku (Azerbaijão), Mombasa (Quênia) e Chipre.
Todos os planos foram atribuídos ao Irã ou a seus aliados libaneses do grupo xiita Hezbollah. Os relatórios foram produzidos depois do atentado em Burgas, na Bulgária.
Na quinta-feira, Teerã qualificou de "infundadas" as acusações israelenses de envolvimento iraniano no atentado de quarta-feira na Bulgária, que matou sete pessoas.
O Hezbollah negou a autoria do atentado, dizendo que nunca realizou atentados fora do Líbano, algo que pelo menos uma autoridade dos Estados Unidos contesta. O atentado em Burgas ocorreu no dia do 18o aniversário da explosão em um centro judaico de Buenos Aires, incidente pelo qual a Argentina responsabilizou o Irã.
O funcionário norte-americano disse que o ataque na Bulgária pareceu ser relativamente sofisticado, o que sugere que seus responsáveis colheram informações prévias sobre possíveis alvos.
Outra autoridade dos Estados Unidos disse que uma lista de incidentes vinculados ao Irã e contabilizados por autoridades federais norte-americanas é bastante semelhante à contagem da polícia de Nova York.
Mark Regev, porta-voz do premiê israelense Benjamin Netanyahu, afirmou que no último ano houve "20 tentativas iranianas de ataques terroristas no exterior, nas quais houve envolvimento direto de cinco iranianos e dois agentes do Hezbollah".
(Reportagem adicional de Dan Williams, em Jerusalém)
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