
14 de maio de 2014 | 19h42
Barry Clifford, de Massachusetts, que recentemente liderou uma expedição de reconhecimento no local, afirmou que o início de qualquer escavação depende da aprovação do governo haitiano. Ele também disse que precisa encontrar instalações para abrigar quaisquer descobertas em potencial.
Ele e uma equipe de exploradores marítimos dizem ter evidências fortes de que artefatos do navio naufragado pertencem à Santa Maria, caravela que Colombo utilizou em sua viagem exploratória em 1492.
Os restos foram descobertos em uma profundidade entre três e cinco metros perto de um recife, de acordo com Clifford e sua equipe. A distância do naufrágio de um forte no Haiti combina com a descrição que Colombo detalhou em seu diário, afirmou ele.
Entre os artefatos encontrados está um canhão do século 15.
A Santa Maria foi uma de três embarcações que saíram da Espanha em busca de uma rota mais curta para a Ásia.
A caravela afundou no Natal de 1492 e teve que ser abandonado. Após o naufrágio, Colombo deixou 39 homens para trás e voltou a seu país na caravela Nina. Retornando um ano depois, encontrou o forte destruído e nenhum dos seus tripulantes vivos.
O governo espanhol não está em contato com Clifford, disse uma porta-voz do Ministério da Cultura da Espanha que pediu para não ser identificado.
"Os dois governos (espanhol e haitiano) estão em contato e ambos concordam que há dúvidas sobre se é a Santa Maria e que precisamos de mais informações", disse o porta-voz.
(Reportagem adicional de Rodrigo de Miguel, em Madri)
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