Hillary: AIEA precisa de mais poder para detectar reatores

Secretária de Estado americana afirmou que agência 'não tem instrumentos ou autoridade para cumprir missão'

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Por Efe
Atualização:

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reclamou nesta quarta-feira, 21, de os inspetores da ONU não terem autoridade suficiente para localizar instalações nucleares secretas, como as que o Irã tem.

 

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Em um discurso sobre a não-proliferação nuclear pronunciado em Washington, Hillary afirmou que, atualmente, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "não tem nem instrumentos nem autoridade para cumprir sua missão de forma efetiva".

 

Como demonstração disso, ela se referiu ao "fracasso" da AIEA ao não detectar uma usina de enriquecimento de urânio no Irã e um projeto de reator na Síria.

 

A secretária de Estado americana destacou que, embora agora não exista uma corrida armamentista entre as potências nucleares, há "uma ameaça que é mais difusa e talvez mais perigosa".

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Hillary falou diretamente dos esforços dos "países ilícitos" e das "organizações não estatais" envolvidas na produção e venda de material nuclear no mercado internacional.

 

Segundo ela, "a comunidade internacional fracassou em evitar que a Coreia do Norte desenvolva armas nucleares. Agora, embarcamos em um esforço diplomático para conseguir fazer com que este país dê marcha à ré".

 

No entanto, a responsável pela diplomacia americana afirmou que os Estados Unidos não suspenderão completamente as sanções contra a Coreia do Norte, o que implica na não aceitação do país como uma potência nuclear.

 

Hillary também se queixou de que o "Irã continua ignorando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU as quais pedem que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio e cumpra com suas obrigações internacionais".

 

A secretária de Estado disse que o Irã deveria desenvolver um plano que permitisse ao país mandar o urânio enriquecido ao exterior para seu processamento.

 

Para Hillary, as potências internacionais e o Irã entraram em um "novo começo construtivo" com as conversas iniciadas em 1º de outubro, mas esta iniciativa deve ser acompanhada de "ações construtivas".

 

Segundo ela, a comunidade internacional tem que continuar trabalhando para conseguir uma expansão da energia nuclear, mas com usos pacíficos, para atender a crescente necessidade de energia e, além disso, frear a mudança climática.

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"Até agora, esta expansão não foi acompanhada das medidas correspondentes para reduzir o risco de uma proliferação nuclear", disse a secretária de Estado.

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