30 de agosto de 2010 | 11h59
Na viagem que está fazendo por países árabes do Golfo Pérsico para falar sobre o radicalismo religioso, o imã Feisal Abdul Rauf, nascido no Kuait, vem falando pouco sobre o centro cultural planejado, mas disse que acha que as reações de ultraje estão ligadas às eleições parlamentares norte-americanas que terão lugar em novembro.
"Não há dúvida de que o momento eleitoral está exercendo um impacto grande sobre a natureza do discurso", disse Abdul Rauf em entrevista ao jornal The National, de Abu Dhabi.
O imã disse que a questão "não é entre muçulmanos e não muçulmanos, mas entre moderados de todas as tradições religiosas e os radicais de todas as tradições religiosas".
O centro islâmico, cuja construção está sendo proposta em Manhattan, vem desencadeando oposição acirrada de parte de políticos conservadores e pessoas que veem o projeto como uma ofensa às cerca de 2.750 pessoas mortas quando militantes suicidas islâmicos da Al Qaeda sequestraram aviões e os lançaram contra as Torres Gêmeas.
A polêmica se intensificou este mês quando o Departamento de Estado confirmou que estava financiando a viagem de Abdul Rauf, estudioso muçulmano sufita, ao Oriente Médio para cumprir um programa educacional e cultural apoiado pelos EUA, descrevendo-o como "um clérigo distinto".
Durante sua viagem pelo Bahrein, Catar e os Emirados Árabes Unidos, Abdul Rauf vem procurando centrar suas palestras sobre o islã nos Estados Unidos e a luta contra o radicalismo religioso.
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