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Irã rechaça decisões da cúpula nuclear e diz que apresentará queixa na ONU

Segundo país, as decisões tomadas pela cúpula já são 'conhecidas de antemão'

Atualização:

TEERÃ - O Irã afirmou que não se sentirá de nenhum modo vinculado aos compromissos "conhecidos de antemão" da cúpula sobre segurança nuclear que acontece nesta segunda e terça-feira em Washington.

 

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"Os resultados da conferência de Washington são conhecidos de antemão, e nenhuma de suas conclusões podem ser vinculantes para os países que não assinarem o acordo", disse o representante da República Islâmica na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Asghar Soltanieh.

 

Dirigentes de cerca de 50 países e organizações internacionais discutirão em Washington o reforço às medidas contra a proliferação nuclear.

 

O presidente americano, Barack Obama, anfitrião do encontro, advertiu neste domingo sobre o risco de que "uma organização terrorista obtenha uma arma nuclear".

 

O Irã, cujo programa nuclear é, segundo as potências ocidentais, suspeito de ter fins militares, não foi convidado para a cúpula.

 

Queixa contra Obama

 

O Ministério iraniano de Assuntos de Exteriores apresentará uma queixa oficial na ONU pelo que considera uma "ameaça nuclear do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contra o Irã", anunciou hoje o porta-voz desse Ministério, Ramin Mehmanparast.

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Segundo a agência "Fars", Mehmanparast se referiu desta forma à postura nuclear dos EUA expressada na semana passada pelo presidente Obama, quem ameaçou - segundo a interpretação iraniana - com armas nucleares os países como o Irã e a Coreia do Norte.

 

"Vamos denunciar oficialmente esse tipo de declarações diante da ONU por parte de um país que possui armas nucleares", acrescentou.

Indicou ainda que "a nova geração de centrífugas (em construção no Irã) para acelerar a produção do combustível nuclear não tem fins bélicos".

 

Durante o ato de comemoração do Dia Nacional da Energia Atômica na sexta-feira passada em Teerã as autoridades iranianas anunciaram a fabricação da terceira geração de centrífugas, seis vezes mais rápidas que a primeira, em um novo desafio à comunidade internacional.

 

Mehmanparast argumentou: "temos de produzir os 20 mil megawatts de eletricidade fixados no projeto aprovado pelo Parlamento e para isso precisamos criar 20 usinas nucleares do mesmo tamanho que a central de Busher".