
29 de julho de 2009 | 10h36
A Irlanda vai receber dois prisioneiros prestes a serem libertados da detenção da base naval americana de Guantánamo, na ilha de Cuba. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 29, em Dublin pelo ministro da Justiça da Irlanda, Dermot Ahern, depois de uma reunião dele com o embaixador norte-americano Dan Rooney.
O caso vem à tona seis meses depois de o presidente dos EUA, Barack Obama, ter pedido a aliados na Europa que ajudassem a arrumar um novo lugar para os prisioneiros libertados. Até o momento, poucos países aceitaram receber ex-detentos de Guantánamo que não podem retornar em segurança a seus países de origem.
De acordo com Ahern, autoridades irlandesas estiveram em Washington e na prisão na ilha cubana na semana passada e identificaram dois prisioneiros que poderiam se estabelecer na Irlanda dentro de dois meses. Ele disse que informações como a identidade dos homens, os detalhes da viagem e a localização das novas residências serão mantidas em sigilo. A Irlanda havia dito previamente que cogitava receber dois prisioneiros uzbeques selecionados para realocação, como forma de contribuir com os esforços do presidente Barack Obama para desativar até o final de janeiro o presídio.
Ainda há cerca de 230 presos em Guantánamo, prisão cuja existência é condenada internacionalmente. O governo dos EUA reiterou na semana passada a intenção de fechar o local até janeiro, apesar da demora em um relatório que será essencial para tal fim. Portugal e Itália já aceitaram receber prisioneiros, enquanto Hungria e Espanha discutem essa possibilidade com os EUA.
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