
19 de março de 2010 | 19h00
Um juiz federal dos Estados Unidos anulou nesta sexta-feira, 19, um acordo de indenização de US$ 657 milhões para trabalhadores que tiveram problemas de saúde após os ataques de 11 de setembro de 2001. Segundo o magistrado, o processo deve ser transparente e os honorários de advogados não devem sair desses fundos.
O juiz Alvin Hellerstein afirmou que os trabalhadores doentes deveriam saber o valor aproximado que poderiam receber antes de decidir se participariam do acordo, o qual exige a aceitação de 95% dos 10.000 envolvidos.
Entre eles, se encontram bombeiros, policiais e outras categorias que trabalharam na "Zona Zero", sobre as ruínas das Torres Gêmeas.
De acordo com Hellerstein, o acordo destina uma grande parte do valor para pagamentos futuros, e uma cifra maior deveria ser entregue aos envolvidos imediatamente. O juiz garantiu que presidiria reunião com os trabalhadores para discutir o acordo.
O juiz também defendeu que os honorários advocatícios não deveriam sair do fundo de US$ 1 bilhão estabelecido à margem para cobrir as demandas, mas devem ser pagos pela companhia de seguros WTC Captive.
A firma foi criada especialmente para tratar das indenizações após os ataques, quando a cidade de Nova York não conseguiu encontrar seguros privados para ajudar a cobrir as operações de limpeza e recuperação.
A presidente da WTC, Christine LaSala, disse a jornalistas após a audiência que estava "muito decepcionada pelo juiz ter dificultado" um acordo justo entre as partes.
Notícia atualizada às 20h11 para acréscimo de informações
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