26 de agosto de 2009 | 11h10
Chefes de governo e ativistas dos direitos humanos elogiaram nesta quarta-feira, 26, o senador Edward Kennedy, que morreu na terça em decorrência de um câncer cerebral, por sua dedicação a causas sociais mundiais como o processo de pacificação na Irlanda do Norte e a luta contra o Apartheid.
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Inicialmente um forte partidário da causa nacionalista irlandesa, Kennedy foi um promotor chave no processo de paz, pressionando por um lado o governo do Reino Unido para que negociasse com o partido Sinn Fein, vinculado ao Exército Paramilitar Republicano Irlandês, e por outro se aproximando dos unionistas protestantes.
"Ele viveu para a construção de pontes sobre dois grandes abismos: entre os católicos e os protestantes na Irlanda do Norte e entre negros e brancos nos próprios EUA", afirmou o ex-primeiro-ministro irlandês Bertie Ahern. "O progresso nessas questões, que foram os sonhos de sues irmãos em sua juventude, são o legado de uma vida longa e de um homem bom que, sem se importar quantas vezes tropeçou ou se a causa havia se estagnado, continuou com grande tenacidade e fé, que foram o símbolo de tudo o que fez e do homem que foi", continuou o ex-premiê.
A presidente da Irlanda, Mary McAleese, disse que Kennedy será lembrado "como um amigo muito importante que o país teve em tempos difíceis".
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que Kennedy "jamais deixou de lutar, inclusive quando enfrentou a doença e a morte", em sua defesa das causas sociais nos EUA, como a reforma do sistema de saúde pública e a reforma judicial.
Achmat Dangor, diretor da Fundação Nelson Mandela na África do Sul, afirmou que Kennedy foi um "portador da bandeira da democracia e dos direitos civis". "Ele fez com que sua voz fosse escutada na luta contra o apartheid em momentos nos quais a luta pela liberdade não tinha grande apoio no Ocidente. Somos agradecidos por seu papel", disse por meio de comunicado.
Para a chanceler alemã Angela Merdel, Kennedy "foi uma das personalidades políticas mais importante dos EUA durante décadas". "Sua defesa da justiça e da paz esteve marcada pela convicção e pela consistência", acrescentou.
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