Kerry se diz tranquilo sobre formação de coalizão contra o Estado Islâmico

Kerry vem percorrendo o Oriente Médio para angariar apoio ao plano do presidente Barack Obama, anunciado na quarta-feira

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Por JASON SZE
Atualização:
"É totalmente prematuro e, francamente, inadequado a esta altura começar a dispor, país por país, o que cada nação irá fazer", afirmou Kerry Foto: BRENDAN SMIALOWSKI/AP

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou nesta sexta-feira estar tranquilo com a formação de uma coalizão de base ampla pelos Estados Unidos para combater os militantes do Estado Islâmico, mas disse que não seria adequado o Irã se envolver nestas ações.

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Kerry vem percorrendo o Oriente Médio para angariar apoio ao plano do presidente Barack Obama, anunciado na quarta-feira, de atacar os dois lados da fronteira entre Síria e Iraque para derrotar os combatentes sunitas radicais, que controlam partes dos dois países.

“Estou tranquilo porque esta será uma coalizão de base ampla com nações árabes, europeias, os EUA e outras”, disse Kerry, falando em Ancara depois de se reunir com líderes turcos.

Ele afirmou que a França tornou pública sua disposição de agir no Iraque e usar a força, mas disse ser muito cedo para dizer que papel cada nação em particular irá desempenhar.

“É totalmente prematuro e, francamente, inadequado a esta altura começar a dispor, país por país, o que cada nação irá fazer”, afirmou Kerry aos repórteres.

“Na hora certa, cada papel será determinado em detalhes”.

A Turquia, membro da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) que compartilha amplas fronteiras com Síria e Iraque, é uma das maiores aliadas de Washington na região, mas até agora evitou explicitamente se comprometer com a nova campanha militar.

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As lideranças turcas não estavam presentes na coletiva de imprensa de Kerry em Ancara.

Na quinta-feira, o secretário obteve o apoio de dez países árabes - Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e seis Estados do Golfo Pérsico, incluindo os ricos rivais Arábia Saudita e Catar, para uma “campanha militar coordenada” contra o Estado Islâmico.

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