18 de novembro de 2012 | 16h24
O parlamentar Mike Rogers, um Republicano, afirmou que a declaração de Holder de que o Departamento de Justiça não informou o presidente antes das eleições faz pensar que o próprio Holder pode ter contado a Obama em particular.
Ele afirmou que a investigação do FBI sobre a comunicação entre Petraeus e sua biógrafa, Paula Broadwell, surgiram a partir de preocupações com a ameaças à inteligência do país. Petraeus e Broadwell disseram não ter compartilhado qualquer segredo de segurança, e investigadores afirmaram não ter encontrado brechas na segurança nacional devido ao caso.
"Isso provavelmente teria que ter sido levado adiante antes, devido à ameaça à segurança nacional", afirmou Rogers. "Não estou certo de que o presidente não foi informado antes do dia da eleição. O procurador-geral afirmou que o Departamento de Justiça não notificou o presidente, mas não sabemos se o próprio procurador-geral (o informou)".
Ele afirmou que Holder deve se apresentar aos comitês de inteligência para discutir o assunto. "Podemos resolver isso muito rapidamente com uma conversa nos espaços de inteligência se ele realmente teve essa conversa com o presidente", afirmou.
A presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, discordou, dizendo que Holder já explicou aos comitês de inteligência que não houve informação a Obama enquanto a investigação estava sendo feita. A Justiça e o FBI usaram esse método, ela afirmou, "então não há competência de prosseguir sem qualquer peso político de qualquer lado".
O general aposentado admitiu que teve o caso com Broadwell e renunciou ao seu posto na CIA três dias depois de Obama ser reeleito para o segundo mandato, em 6 de novembro.
O senador republicano Lindsey Graham chamou a investigação do FBI sobre o affair de "a história mais estranha do mundo" e duvidou que Obama sabia antes da eleição. "Eu consigo ver como ele não sabia", disse.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.