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Marinheiros dos EUA pedem ação de Obama contra piratas

Por ABDI SHEIKH E ABDI GULED
Atualização:

A tripulação de um navio norte-americano atacado por piratas somalis pediu nesta segunda-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que lidere uma batalha para acabar com a atividade de piratas na costa da Somália, após forças norte-americanas terem libertado o capitão de um navio e encerrado um sequestro de cinco dias. Atiradores da Marinha mataram piratas somalis que mantinham o capitão Richard Phillips como refém em um bote salva-vidas cercado por navios de guerra dos EUA. Outros piratas juraram revanche contra os norte-americanos. Mais de 250 pessoas de muitas nacionalidades ainda são mantidas reféns na costa somali por piratas que sequestraram dezenas de embarcações, de petroleiros a iates, nos últimos meses. Helicópteros novamente sobrevoaram bases dos piratas perto de Eyl, na costa somali, durante a noite após o resgate de Phillips. "Eles mataram nossos amigos no bote salva-vidas e pensamos que os helicópteros nos atacariam em Eyl na noite passada", afirmou à Reuters um pirata, que se auto-intitulou Farah. "Estávamos chorando por nossos amigos mortos quando os aviões vieram. É dor atrás de dor. A América se tornou nossa nova inimiga", afirmou. Phillips, capitão do navio de contêineres Maersk Alabama, de bandeira norte-americana, contatou sua família após o resgate, recebeu atendimento medico e descansou a bordo do USS Boxer. Sua tripulação vibrou com a notícia da libertação do capitão. Os membros da tripulação pediram que Obama lidere o combate aos piratas. "A América tem de estar à frente para pôr um fim a essa crise. Esta tripulação teve sorte de sair com todos vivos. Não vamos ter essa sorte de novo", afirmou o primeiro oficial Shane Murphy no porto de Mombasa, no Quênia. Phillips foi o primeiro norte-americano sequestrado por piratas que tomam navios há anos no Golfo de Áden e no Oceano Índico.

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