Militares dos EUA prometem soltar 9 iranianos presos no Iraque

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As Forças Armadas dos Estados Unidos disseram nesta terça-feira que irão libertar em breve nove iranianos mantidos presos no Iraque, incluindo dois que foram detidos no norte acusados de dar apoio a milícias xiitas. A detenção de cinco iranianos na cidade ao norte de Arbil, em janeiro passado, contribuiu para um significativo aumento das tensões entre o Irã e o Iraque, bem como para novas trocas de acusação entre o governo iraniano e o norte-americano, antigos rivais. Desses cinco detidos em Arbil, apenas dois devem ser libertados. Não foram fornecidos detalhes sobre os outros sete presos que devem ser libertados. "Pretendemos libertar, no futuro próximo, nove iranianos mantidos atualmente em custódia", disse em uma entrevista coletiva o contra-almirante Greg Smith, porta-voz das Forças Armadas dos EUA. "Dois deles foram detidos em Arbil em janeiro deste ano", afirmou. As forças norte-americanas haviam dito que os cinco detidos naquela cidade eram suspeitos de pertencer à Qods, a força de elite da Guarda Revolucionária do Irã. O governo iraniano afirma que os homens são diplomatas e exige a libertação deles. "Avaliamos que manter esses indivíduos detidos não trará vantagem nenhuma e que esses indivíduos não representam uma ameaça à segurança futura do Iraque", disse Smith. Os EUA acusam o Irã de treinar milícias xiitas no Iraque e de fornecer armas, entre as quais as bombas plantadas ao lado de ruas e estradas, de longe o maior responsável pela morte de soldados norte-americanos em território iraquiano. O Irã nega as acusações e responsabiliza a invasão realizada a mando dos EUA em 2003 pela violência verificada no Iraque e que já matou dezenas de milhares de pessoas.

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