Mulher comandará pela primeira vez a Polícia Montada do Canadá

A nova diretora trabalha há 32 anos na instituição e já participou de missões da ONU na antiga Iugoslávia e no Haiti

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TORONTO - O governo do Canadá nomeou nesta sexta-feira, 09, pela primeira vez na história, uma mulher, Brenda Luki, para o comando da Polícia Montada do país, uma instituição criada em 1920 e que é responsável pela segurança em nível federal.

A nomeação de Lucki como diretora da Polícia Montada foi anunciada pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, durante um evento realizado em uma academia da instituição em Regina. Ela substituirá Bob Paulson, que saiu do cargo em junho de 2017.

Brenda Luki, indicada para o comando da Polícia Montada do Canadá, tendo no currículo participações em missões da ONU na antiga Iugoslávia e no Haiti Foto: Polícia Montada do Canadá/AFP

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"Lucki é absolutamente a melhor pessoa para o trabalho. É uma coincidência que ela seja mulher", destacou o premiê.

A nova diretora trabalha há 32 anos na Polícia Montada e até então comandava a academia. Anteriormente, ela participou de missões da ONU na antiga Iugoslávia e no Haiti.

A indicação ocorre em um momento no qual a Polícia Montada do Canadá, uma das instituições mais conhecidas do país em nível internacional, está afetada por uma série de escândalos.

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Centenas de mulheres da Polícia Montada denunciaram nos últimos meses a existência de uma cultura de assédio sexual no órgão.

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No ano passado, a Justiça do Canadá obrigou o governo a pagar US$ 68,5 milhões a cerca de mil mulheres que serviram na Polícia Montada desde 1974 e que foram assediadas por outros agentes.

Em 2016, Paulson, ainda diretor, pediu oficialmente desculpas pelo assédio e pela discriminação sofrida pelas agentes mulheres.

A Polícia Montada também é acusada de racismo sistemático contra a população indígena do país. O órgão teve que reconhecer que não deu devida atenção ao desaparecimento e assassinato de milhares de mulheres e crianças indígenas nas últimas décadas. /EFE

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