
29 de dezembro de 2010 | 18h11
A nevasca fechou ruas, causou o cancelamento de voos na cidade de Nova York e gerou caos em todo o Nordeste do país, onde o tráfego de consumidores ficou 11,2 por cento e 13,9 por cento abaixo das expectativas respectivamente nos dia 26 e 27 de dezembro, segundo a ShopperTrak.
A empresa disse que o comércio para os meses de novembro e dezembro está de acordo com as previsões, em alta de 4 por cento, por conta das fortes vendas em novembro e 23 de dezembro, um dia particularmente forte para as compras de Natal.
A ShopperTrak espera que os consumidores que ficaram em casa por causa da neve saiam agora às compras.
"Achamos que haverá uma alta no varejo ainda esta semana e no fim de semana, com as pessoas começando a sair de casa. Será interessante observar se o ritmo vai se recuperar a tempo de alterar as vendas de dezembro e da temporada de fim de ano em geral", disse o fundador da ShopperTrak, Bill Martin, em comunicado.
Outros analistas concordam que a nevasca, que cobriu Nova York com uma camada de 50 centímetros de neve e foi ainda mais intensa nos subúrbios, não deverá afetar substancialmente os números do varejo de Natal.
O economista-chefe do International Council of Shopping Centers, Michael Niemira, disse à Reuters que a nevasca deverá reduzir as vendas de dezembro em 0,5 por cento, mas algumas compras deverão aparecer só em janeiro.
Scott Bernhardt, da Planalytics, calculou o prejuízo em 0,25 por cento.
As ações do setor de varejo do Índice Standard & Poor's subiram 0,4 por cento na quarta-feira, um pouco acima da alta de 0,3 por cento do mercado de ações em geral. O índice de varejo está sendo negociado na maior alta em três anos e meio desde o começo de dezembro, com o otimismo em relação às vendas do feriado e à recuperação econômica.
A maioria dos analistas espera que as vendas fiquem bem acima dos números de 2009.
A Federação Nacional de Varejo dos EUA previu uma alta de 3,3 por cento, comparada com uma alta de 0,4 por cento no ano passado e uma queda de 3,9 por cento em 2008, causada pela crise financeira.
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