Nigeriano que tentou explodir voo tem cooperado com o FBI

Familiares de Abdulmutallab foram encontrados pelo FBI e convenceram o suspeito a dar depoimentos

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Por Redação
Atualização:

Funcionários do governo dos EUA revelaram na noite da terça-feira que as autoridades estão secretamente conversando com a família do nigeriano acusado ode tentar explodir um avião no dia do Natal para ajudar que ele dê depoimentos sobre o episódio, segundo informou nesta quarta-feira, 3, o canal de notícias CNN.

 

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Segundo as autoridades, os depoimentos do nigeriano muçulmano Umar Farouk Abdulmutallab ajudariam a prevenir atentados terroristas no solo americano, e a família convenceu o jovem a falar.

 

A revelação é parte de uma estratégia agressiva da Casa Branca para responder às críticas dos republicanos sobre as ações de Obama sobre a investigação do ocorrido. Abdulmutallab começou a falar sobre os primeiros passos do plano para explodir um avião que chegou a Detroit vindo de Amsterdã, mas não deu mais detalhes.

 

Os funcionários do governo disseram que no dia 1º de janeiro, apenas uma semana após o ataque frustrado, dois agentes do FBI voaram para Lagos, na Nigéria, para encontrar com membros da CIA e do Departamento de Estado. Já no país africano, a equipe iniciou as buscas pela família do jovem.

Os oficiais foram para a capital nigeriana, Abuja, e encontraram dois parentes do suspeito. No dia 17 de janeiro, os agentes do FBI voltaram para os EUA junto com os familiares de Abdulmutallab prometendo cooperação e tentar falar com o terrorista.

 

Uma fonte do governo americano disse que os parentes disseram ao suspeito que eles "confiavam completamente no sistema americano" e que eles acreditavam que Abdulmutallab "receberia o tratamento adequado" pela administração de Obama.

 

Segundo as fontes, desde que Abdulmutallab começou a falar sobre o episódio, depoimentos passaram a ser colhidos diariamente. As informações adquiridas por meio do suspeito foram disseminadas entre as agências de inteligência, disseram os oficiais.

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As autoridades dizem que a cooperação da família foi fundamental na investigação do caso, que pode ter ligações com a Al-Qaeda do Iêmen. "Poderemos evitar novos ataques", disse um oficial, referindo-se aos depoimentos do nigeriano e acrescentando que Obama recebe relatórios frequentemente sobre o andamento das investigações.

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