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No 8º aniversário da guerra, Obama descarta reduzir tropas

Presidente dos EUA também não promete aumentar soldados; ele se reúne com equipe para discutir estratégia

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Por Redação
Atualização:

O presidente Barack Obama reúne nesta quarta-feira, 7, sua equipe de segurança nacional para discutir a estratégia no Afeganistão. Obama sinalizou, porém, que uma retirada de tropas não está sob análise no momento. O encontro acontece no mesmo dia em que o conflito completa oito anos.

 

A invasão ao Afeganistão ocorreu após os atentados de 11 de setembro de 2001, porém a duração e o custo da guerra - da morte de quase 800 norte-americanos ao passivo econômico - preocupa os EUA. O apoio público à guerra está em 40%, comparado com 44% em julho, segundo uma pesquisa Associated Press-GfK divulgada nesta quarta-feira. Entre os republicanos, 69% defendem o envio de mais tropas, enquanto 57% dos democratas se opõem a isso.

 

Obama avalia se envia ou não mais tropas ao país. O comandante dos militares dos EUA no Afeganistão, general Stanley McChrystal, defende o envio de mais 40 mil soldados. Obama já enviou 21 mil no início do ano, elevando para o número de militares americanos no conflito para 68 mil. O presidente enfrenta ainda pressões no Congresso e entre a população sobre sua estratégia para derrotar os insurgentes e estabilizar o país. "O presidente tomará sua decisão - popular ou impopular - baseada no que ele pensa ser o melhor interesse para o país", afirmou o porta-voz Robert Gibbs a repórteres na terça-feira.

 

Em uma reunião com cerca membros democratas e republicanos do Congresso americano, afirmou que sua revisão da estratégia para o Afeganistão não prevê uma retirada ou um corte no número de soldados atuando no país. Segundo a BBC, Obama disse que vai se decidir por uma atitude que vai valorizar o sentido de urgência da situação, mas afirmou que nem todas as pessoas ficarão satisfeitas. Obama afirmou ao grupo convidado à Casa Branca que sua avaliação será "rigorosa e deliberada" e que ele vai continuar a trabalhar com o Congresso pelo bem da segurança nacional e internacional. Obama afirmou que seu objetivo é impedir que os terroristas da Al-Qaeda tenham uma base para lançar ataques contra os EUA e seus aliados.

 

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A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que houve alguns pontos de acordo e algumas "diferenças de opinião" durante a conversa. O ex-candidato à Presidência pelo Partido Republicano John MCain fez um apelo para que Obama escute o conselho dos generais que estão atuando pessoalmente no Afeganistão.

 

Texto atualizado às 12h55.

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