NY volta ao normal após descoberta de carro-bomba na Times Square

Autoridades não identificaram suspeitos; para secretária, é 'cedo demais' para apontar culpados

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Atualização:

NOVA YORK - A cidade de Nova York recupera neste domingo a normalidade depois que a Times Square ficou fechada por quase nove horas depois que um carro-bomba foi descoberto ontem no local e sem que, por enquanto, as autoridades tenham identificado algum suspeito.

 

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"Acho que a Times Square já é um lugar seguro. Neste momento, não temos outra informação a não ser de que se trata de algo isolado", assegurou hoje a secretária de Segurança Nacional americana, Janet Napolitano, em várias entrevistas para emissoras de televisão do país.

 

Napolitano insistiu que os investigadores trabalham na localização de pistas que ajudem a identificar os responsáveis do que está sendo tratado como "um potencial ato terrorista". Segundo a secretária, havia no veículo algum tipo de "detonador móvel". Ainda de acordo com Napolitano, "é cedo demais" para apontar detalhes sobre os possíveis autores.

 

Por volta das 18h30 locais de ontem (19h30 de Brasília), um Nissan Pathfinder verde escuro foi estacionado em plena Times Square com o motor e as luzes de emergência acesas. Pouco depois, um vendedor de camisas alertou a Polícia sobre a fumaça que saía de uma caixa que havia dentro do automóvel. Ao mesmo tempo, várias testemunhas asseguraram ter ouvido pequenas e continuadas explosões no interior do veículo.

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Um robô do esquadrão antibomba confirmou que o "rudimentar carro-bomba" - como foi descrito pela Polícia - continha materiais explosivos, que pouco a pouco foram retirados para ser investigados.

 

O governador do Estado de Nova York, David Paterson, se referiu ao incidente como um "ato de terrorismo", mas as autoridades insistiram que o dispositivo não havia sido elaborado por profissionais ou pessoas bem treinadas. "Por sorte, ninguém ficou ferido, e agora a cidade, o estado e as autoridades federais centram sua atenção em levar à Justiça o culpado deste ato de terrorismo", disse Paterson em uma declaração por escrito.

 

As autoridades não conseguiram identificar o motorista do veículo, cujo número de matrícula e placa não coincidiam com o modelo de automóvel, e revisam imagens de câmeras de segurança dos arredores para tentar obter mais informações.

 

O chefe do Departamento de Polícia de Nova York, Raymond Kelly, disse em entrevista coletiva convocada de madrugada que o veículo estava carregado com três contêineres de propano, dois de gasolina, dois relógios com pilhas, cabos, fogos de artifício de consumo caseiro e o que parece uma caixa para guardar armas e outros materiais.

 

"Evitamos o que poderia ter sido um incidente muito mortífero", assegurou nessa mesma entrevista coletiva o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, o qual reconheceu que ainda não se sabe "quem fez isso, nem por quê."

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