O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, crê que pode cumprir o prazo para fechar a detenção de Guantánamo, localizada em Cuba, estipulado para 2010, apesar das dificuldades para realocar os prisioneiros, anunciou a Casa Branca nesta segunda-feira, 29. "Creio que vimos progressos nas últimas semanas, particularmente nas declarações da União Europeia e de outros países individuais sobre seu desejo de compartilhar a responsabilidade sobre os detidos transferidos", afirmou um porta-voz do governo americano.
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Obama assinou uma ordem executiva dois dias depois de sua posse, em janeiro, na qual ordenou o fechamento da prisão em um prazo de um ano, mas os congressistas americanos exigem um relatório sobre o destino dos 229 estrangeiros presos em Guantánamo. O destino dos presos tornou-se uma questão de difícil solução para o presidente americano. Republicanos - e até mesmo alguns democratas - afirmam que seria muito arriscado manter os prisioneiros em solo americano.
No início do mês, nove prisioneiros foram transferidos para a Arábia Saudita, Bermudas, Iraque e Chade. Outro, Ahmed Khalfan Ghailani, acusado de envolvimento em atentados contra embaixadas americanas na África em 1998, foi enviado para Nova York para o primeiro julgamento civil de um preso de Guantánamo.
A prisão, aberta após os atentados de 11 de Setembro nos EUA, enfrenta há anos críticas da comunidade international por manter presos encarcerados indefinidamente, sem nenhuma acusação formal.