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Obama acusa Irã de ser evasivo em discussão nuclear

Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sábado que a descoberta de uma planta nuclear secreta no Irã mostrou um "padrão perturbador" de evasivas por Teerã, dando maior urgência às negociações entre potências mundiais previstas para 1o de outubro. O Irã reconheceu pela primeira vez na segunda-feira a existência de uma planta de enriquecimento de urânio em uma carta à Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês). Funcionários do governo norte-americano afirmaram que a descoberta tinha o objetivo de esvaziar o anúncio público no encontro da próxima semana. "Este é um sério desafio ao regime global de não-proliferação e as evasivas do Irã continuam a perturbar", disse o presidente em seu discurso semana ao rádio e à internet. "Por isso as negociações com o Irã marcadas para 1o de outubro passam a ter mais urgência agora." Em encontros nesta semana por conta da reunião do G20, em Pittsburgh, e da Assembléia Geral das Nações Unidas, Nova York, Grã-Bretanha, França e Alemanha uniram-se aos EUA, aumentando o espectro de novas sanções contra o Irã se o país não adotar passos para responder às preocupações em torno de seu programa nuclear. Muitos países do Ocidente acusam Irã de buscar a conquista de armas nucleares, apesar de Teerã insistir que seu programa nuclear mira a geração de energia. Em Pittsburgh, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o colega Mahmoud Ahmadinejad e rejeitou a ideia de novas sanções argumentando que o país tem direito de desenvolver seu programa nuclear para fins pacíficos.

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