20 de junho de 2014 | 16h13
Foi uma rara comunicação em nível presidencial entre os EUA e Cuba, que não têm laços diplomáticos e são vizinhos hostis há mais de 50 anos.
Obama e Castro fizeram história com um aperto de mãos no funeral do líder sul-africano Nelson Mandela em dezembro, trocando amenidades mas sem discutir assuntos de Estado.
O mandatário uruguaio, José Mujica, esquerdista que tem sido ativo na tentativa de melhorar as relações entre norte-americanos e cubanos, visitou a Casa Branca em maio.
Na ocasião, disseram autoridades dos EUA, Obama pediu a Mujica que exortasse Raúl Castro a libertar Alan Gross, que já cumpriu quatro anos e meio de uma pena de 15 anos de prisão por tentar criar um serviço de Internet ilegal em Cuba.
O caso Gross tem impedido qualquer grande avanço nas relações EUA-Cuba.
A revista semanal uruguaia Búsqueda, primeira a relatar a comunicação na quinta-feira, disse que Mujica entregou a mensagem no final de semana passado, quando ele e Raúl compareceram à cúpula do G77 na Bolívia.
Gross, de 65 anos, foi preso em 2009 ao tentar estabelecer uma rede online para os judeus em Havana, como subcontratado para a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Cuba considerou o programa subversivo e, em 2011, um tribunal cubano condenou Gross a 15 anos de prisão.
Cuba tem tentado vincular o seu caso aos dos três agentes cubanos servindo penas nos Estados Unidos por espionagem de grupos de exilados cubanos na Flórida. Os Estados Unidos rejeitaram a troca dos agentes cubanos por Gross.
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