
04 de janeiro de 2012 | 09h12
Obama retorna à campanha para a eleição presidencial de 2012 apenas um dia depois da primeira disputa entre pré-candidatos republicanos em Iowa. Ele viajará para o Estado de Ohio, considerado crucial para suas chances de reeleição.
Após passar dez dias de férias no Havaí, o presidente democrata apresentará suas políticas econômicas. As propostas devem tentar diferenciá-lo dos candidatos republicanos, que serão seus adversários nos eleições de novembro.
Mas depois de um ano de desgastantes batalhas legislativas, Obama deve manter a pressão sobre os republicanos no Congresso, que ele acusa de obstruir os esforços pela recuperação econômica e culpa por grande parte da disfunção em Washington.
A expectativa é de que Obama continue martelando temas populistas, se retratando como campeão da classe média. Seus assessores afirmam que ele anunciará novas ordens executivas para criar empregos e mostrar a eleitores que tomará as medidas sozinho se for necessário.
"Se o Congresso se recusar a agir e se os republicanos escolherem o caminho da obstrução ao invés da cooperação, então o presidente não ficará sentado aqui", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
O presidente Harry Truman criticou o Congresso "faz-nada" antes de ser reeleito em 1948, mas, segundo analistas, Obama enfrenta riscos ao tentar seguir seu exemplo.
Eles alertam que a abordagem "faça sozinho" poderá ter apenas benefícios modestos e que Obama poderá alienar alguns eleitores independentes e moderados se esses o acusarem de rancor partidário.
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