PUBLICIDADE

Obama corta verba para o Iraque, mas mantém recursos para o Afeganistão

Oposição critica orçamento, já que a pressão nos EUA é para a redução do déficit federal

Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Barack Obama, propôs nesta segunda-feira, 14, gastar quase US$ 110 bilhões de dólares na guerra do Afeganistão, indicando uma pequena redução dos esforços americanos no país asiático, apesar da exigência por um maior controle sobre os gastos domésticos. Em contra-partida, no orçamento para o ano fiscal de 2012, Obama propôs gastos de apenas US$ 16 bilhões no Iraque, uma corte bastante significativa para o momento, no qual diplomatas assumem o lugar das tropas de combate sob um acordo de segurança entre os dois países.

 

PUBLICIDADE

Nos orçamentos de 2010 e 2011, Obama previu um gasto de US$ 160 bilhões em ambos os países. Já a solicitação do orçamento 2012 de Obama para o Departamento de Estado e para a Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) ficou em US$ 47 bilhões, 1% maior em relação aos níveis de 2010.

 

A oposição republicana, que assumiu o controle da Câmara dos Deputados nas eleições de novembro, pediu outra revisão sobre os gastos não-militares no exterior em meio às exigências para que se controle o déficit federal do país. A proposta de orçamento para o ano fiscal de 2012 concentra-se na verba para algumas das prioridades de Obama, incluindo a saúde e iniciativas para a segurança alimentar, ao mesmo tempo em que corta a assistência direta a diversos países e organizações regionais. A proposta orçamentária de Obama prevê US$ 107 bilhões em gastos militares no Afeganistão, de onde prometeu começar a retirar a primeira parte dos cerca de 100 mil soldados até o meio deste ano. O Departamento de Estado gastaria outros US$ 2,2 bilhões, enquanto busca aumentar os programas assistenciais e a ajuda. O ápice das despesas de guerra do país nos últimos anos ocorreu no ano fiscal de 2008, o último ano de George W. Bush na Presidência, quando os gastos com operações de guerra chegaram a US$ 185 bilhões.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.