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Obama dá início à Cúpula sobre Segurança Nuclear, em Washington

Líderes de 47 países discutirão plano de combate para evitar que terroristas obtenham armas nucleares

Atualização:

Efe e Agência Estado

 

WASHINGTON- Representantes de 47 países se sentaram nesta terça-feira, 12, ao redor da mesma mesa em Washington durante um jantar de Estado com o qual começou oficialmente a Cúpula de Segurança Nuclear de dois dias em Washington, que buscará unir esforços contra o terrorismo.

 

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Estavam presentes no jantar de trabalho os líderes do Brasil, México, Argentina, Chile, Espanha, frança, Itália, Alemanha, Rússia, Índia e Japão, entre outros. A eles se somaram o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano.

 

Obama deu pessoalmente as boas-vindas aos chefes de todas as delegações, que foram fotografados apertando as mãos do presidente dos Estados Unidos.

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Os líderes dos 47 países debaterão um plano de combate para evitar que terroristas obtenham armas nucleares. A conferência em Washington discutirá aquela que é a "maior ameaça à segurança dos EUA", nas palavras do anfitrião Obama. O encontro tem a meta de garantir que esses materiais nucleares estejam ainda mais seguros em até quatro anos.

 

A China, segundo funcionários dos EUA, concordou em trabalhar com o governo americano em potenciais sanções para inibir o programa de enriquecimento de urânio no Irã, afirmou um funcionário da Casa Branca. "Eles estão preparados para trabalhar conosco", disse Jeff Bader, assessor de segurança nacional. Segundo Bader, o encontro dos dois líderes foi "construtivo".

 

Mais cedo, a Casa Branca anunciou que a Ucrânia irá se desfazer do seu estoque de urânio altamente enriquecido até 2012. Robert Gibbs, porta-voz de Obama, disse que a decisão da Ucrânia marca a conclusão de vários anos de esforços dos EUA para que o país do Leste Europeu desistisse do seu estoque. O anúncio foi feito logo após uma reunião, nesta segunda-feira, entre Obama e o presidente ucraniano Viktor Yanukovich.

 

Dificilmente serão definidas estratégias abrangentes nesse encontro de dois dias. No entanto, Obama já se mostrou otimista, ontem, durante encontros prévios com líderes de Casaquistão, África do Sul, Índia e Paquistão. Segundo ele, as autoridades têm mostrado "comprometimento e um sentido de urgência" diante do tema.

 

Nova conferência

 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse nesta segunda que pedirá aos líderes presentes na cúpula que iniciem negociações para um tratado, porque "o terrorismo nuclear é uma das maiores ameaças que enfrentamos hoje". "É por isso que eu pedirei aos líderes mundiais que se reúnam, talvez em setembro nas Nações Unidas, para avançar essa causa que é essencial para a humanidade", disse Ban.

 

O secretário-geral da ONU quer que a Conferência para o Desarmamento, que funciona em Genebra, volte a avançar em tratados de desarmamento nuclear. A Conferência pode se mover apenas por consenso e tem fracassado em produzir qualquer acordo significativo desde 1996, quando foi assinado o Tratado para a Proibição de testes Nucleares.

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Embora os EUA tenham anunciado uma moratória nos testes nucleares no começo da década de 1990, não assinaram o tratado, bem como outros oito países - Coreia do Norte, Paquistão, Índia, Irã, Israel, China, Egito e Indonésia. A assinatura de todos é necessária para que o tratado entre em vigor.

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