12 de dezembro de 2009 | 10h52
Para Obama, a agência poderia fortalecer a regulação de Wall Street.
A Câmara dos Deputados do país, controlada pelo Partido Democrata de Obama, aprovou na sexta-feira as maiores mudanças na regulação do sistema financeiro desde a Grande Depressão - uma vitória muito necessária para Obama, cuja aprovação ao governo caiu abaixo de 50 por cento.
Ele e seus colegas democratas querem adotar medidas que ajudem a evitar a repetição da crise que colocou a economia do país perto do colapso no ano passado, e ele usou seu discurso semanal por rádio e Internet para defender "reformas consensuais".
A lei pode criar uma agência de alcance amplo para detectar os efeitos de riscos sistêmicos na economia, policiar os administradores de fundos e as agências de rating, criar uma subsidiária de defesa dos consumidores, além de submeter a política monetária do Federal Reserve a uma fiscalização sem precedentes por parte dos congressistas, entre outras mudanças.
Os republicanos e os lobistas de bancos de Wall Street, que podem ter os lucros prejudicados com essas medidas, têm lutado por meses para enfraquecer e postergar as reformas, criticando o que eles chamam de uma desnecessária e cara intromissão nos negócios.
O embate vai continuar por meses no Senado, que deve pressionar por uma legislação mais branda para o setor.
Obama disse que a nova Agência de Proteção ao Consumidor Financeiro que seria criada teria poder para "por um fim às enganadoras e desonestas práticas de bancos e outras instituições" em relação a cartões de débito e de crédito, além de hipotecas e financiamento de veículos.
Críticos da nova agência consideram que isso criará mais burocracia governamental, reprimir a inovação e reduzir as possibilidades de escolhas aos consumidores - argumentos que Obama rejeita.
"Os americanos não querem ser vitimados por taxas misteriosas, regras móveis, e páginas e página de contratos com letras pequenas. E, enquanto a inovação deve ser encorajada, os modelos arriscados que ameaçam toda nossa economia, não" disse.
(Tradução Redação São Paulo; + 55 11 5644-7712))
REUTERS AAP
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