
10 de março de 2010 | 19h23
Os americanos detestam cada vez mais o Congresso na medida em que se aproxima a batalha sobre a reforma da saúde, e mais da metade continuam apoiando o presidente Barack Obama, um alívio para um Partido Democrata que espera grandes perdas nas eleições de novembro.
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A última pesquisa da Associated Press-GFK indicou que menos americanos aprovam a gestão do Congresso do que no ano de 2009. Este apoio caiu a 22% desde janeiro, enquanto o debate sobre a reforma da saúde continua.
Dessa cifra não se livram nem a maioria democrata nem a oposição republicana; a metade dos entrevistados afirmou que deseja a saída dos congressistas.
Em contraste, a popularidade de Obama se mantém em 53%. Nos últimos meses, os democratas ganharam terreno nos temas de segurança nacional, especialmente na guerra do Iraque e do Afeganistão.
Nos temas de política interna, aos quais Obama dedica mais tempo, o presidente segue tendo apoio da metade do país.
Os resultados da pesquisa indicam que Obama é mais popular do que a Câmara de Representantes e o Senado, em um ano eleitoral no qual os eleitores parecem favorecer os republicanos. Por isso, o governante seria um valor positivo para seu partido.
Contudo, a incerteza sobre a discussão da reforma da saúde e o persistente desemprego podem fazer com que o presidente passe a ser um peso para o Partido Democrata.
Por ora, ainda não está claro o que Obama poderia fazer para evitar que seu partido seja duramente castigado no pleito de novembro. Os democratas, de modo geral, perderam as primeiras eleições legislativas depois que Obama assumiu o poder.
Por isso, outra das conclusões da sondagem não é um bom presságio para Obama e seus democratas: 56% dos americanos afirmaram que o país marcha na direção errada.
No entanto, sua aprovação aumentou a respeito do Iraque e do Afeganistão. Mais da metade dos entrevistados aprova sua administração das guerras, 55% no Iraque e 57% no Afeganistão, frente a 49% nas duas.
A nova pesquisa foi feita durante as eleições do fim de semana no Iraque, onde começou a retirada de tropas norte-americanas, e em meio a uma ofensiva no Afeganistão contra a insurgência Taleban.
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