PUBLICIDADE

Obama faz 'blitz midiática' para emplacar indicado em agência

Por CAREN BOHAN E DAVE CLARKE
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai iniciar nesta semana uma campanha midiática pela aprovação de seu indicado Richard Cordray para o comando do Departamento de Proteção do Consumidor Financeiro, uma nova agência governamental para a fiscalização dos bancos. A estratégia da Casa Branca para pressionar os senadores republicanos a aprovarem a indicação será fazer um apelo direto aos eleitores nos Estados desses políticos. "Pretendemos defender agressivamente a confirmação do sr. Cordray, diretamente junto ao povo norte-americano", disse Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, a jornalistas. A votação sobre a nomeação está preliminarmente marcada para quinta-feira. Até lá, Obama e seus assessores concederão uma série de entrevistas sobre a indicação do ex-procurador-geral de Ohio para o cargo recém-criado. Os republicanos se opuseram à criação da nova agência, prevista na lei Dodd-Frank, de 2010, que reformulou as regras para o setor financeiro. A missão do órgão será proteger os consumidores contra abusos na concessão de hipotecas e nas cobranças de tarifas de cartão de crédito. Mas a oposição a Obama teme que o excesso de fiscalização torne o setor financeiro dos EUA menos competitivo. Por isso, a bancada republicana condicionou a aprovação de Cordray, indicado em julho para comandar a agência, a mudanças nas regras. Como procurador-geral de Ohio, Cordray ficou conhecido por seu empenho em uma investigação sobre despejos em imóveis que haviam sido vendidos mediante hipotecas duvidosas. Ele foi derrotado nas urnas em sua tentativa de ser reconduzido ao cargo, no ano passado, e depois disso se juntou à ativista de direitos do consumidor Elizabeth Warren para lutar pela criação da nova agência. Na campanha para aprová-lo, a Casa Branca irá se concentrar em sete Estados: Maine, Tennessee, Alasca, Indiana, Iowa, Nevada e Utah. Os dois primeiros foram escolhidos por terem senadores republicanos moderados. Sem um diretor confirmado, a agência enfrenta restrições nos seus poderes reguladores, especialmente com relação às atividades de instituições de crédito não-bancárias. (Reportagem de Caren Bohan e Dave Clarke)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.