
05 de março de 2012 | 15h19
Em uma demonstração de união com o líder norte-americano, Netanyahu disse na Casa Branca que Israel e EUA têm a mesma posição com relação à necessidade de evitar que o Irã obtenha armas nucleares.
"O vínculo entre nossos dois países é indestrutível", afirmou Obama. "Os Estados Unidos sempre defenderão Israel no que diz respeito à segurança de Israel."
Sentados lado a lado e sorrindo um para o outro no Salão Oval, os dois líderes buscaram apresentar unidade com relação ao impasse nuclear iraniano após semanas de preocupação de que Israel desferisse sozinho um ataque preventivo contra o Irã.
Em uma das reuniões mais proveitosas entre líderes norte-americano e israelense em anos, eles não mencionaram nenhuma diferença que possam ter com relação ao que poderia deflagrar uma ação militar para deter o programa nuclear iraniano, considerado pelos israelenses uma ameaça à existência de seu país.
"Acreditamos que ainda haja uma janela que permita uma resolução diplomática", disse Obama.
Netanyahu deixou claro que Israel será o "senhor de seu destino" nas decisões de como lidar com o Irã, que pede a destruição do Estado judaico.
"Israel precisa ter a capacidade de se defender, por si próprio, contra qualquer ameaça", afirmou Netanyahu, ecoando declarações de Obama feitas um dia antes em um discurso ao Aipac, poderoso lobby pró-Israel.
Obama pede que Israel dê mais tempo para que as sanções surtam efeito contra as ambições nucleares do Irã. Ao mesmo tempo, busca dar garantias de sua disposição de fazer o que for necessário para impedir que a República Islâmica se torne um país com armas nucleares.
Durante a reunião na Casa Branca, Obama disse a Netanyahu que os EUA dispõem de "todas as opções" para lidar com o Irã. O presidente deixou claro que isso inclui um possível componente militar.
"Não queremos ver uma corrida por armas nucleares na região mais instável do mundo", disse Obama.
O Irã nega que esteja buscando desenvolver armas nucleares.
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