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Obama ordena revisão da segurança aérea dos EUA após ataque

O suspeito do atentado, Umar Farouk Abdulmutallab, estava numa lista de alerta mas conseguiu entrar no avião

Por Associated Press
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou uma revisão da forma como as agências de inteligência do país mantêm a segurança nos céus - ou falham em fazê-lo, como ficou demonstrado pelo atentado fracassado da véspera de Natal, contra um voo de Amsterdã a Detroit.

 

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Obama ainda não nomeou um chefe para a investigação que atingirá diversas agências, mas funcionários da Casa Branca reconhecem que o incidente recente, envolvendo um jovem nigeriano de 23 anos supostamente ligado a terroristas, deixou claro que há um grande número de falhas a ser examinado.

 

O suspeito, Umar Farouk Abdulmutallab, estava numa lista de alerta, mas jamais chegou a chamar a atenção de agentes de contraterrorismo, a despeito do fato de seu pai ter alertado a Embaixada americana da Nigéria no mês passado.

 

"A reunião das informações, do modo como se relaciona com as listas de observação, começou", disse Denis McDonough, chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional. "Começamos a reunir os dados, e continuaremos a reunir mais".

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Mas não há ninguém chefiando a investigação ainda, disse McDonough, um dos principais conselheiros do presidente.

 

Uma revisão em separado, ordenada por Obama, dos procedimentos de segurança enfrentados por milhões de passageiros de linhas aéreas está em andamento, sob a autoridade do Departamento de Segurança Interna. Essa revisão, dizem autoridades, foca como Abdulmutallab foi capaz de subir a bordo de um avião com destino aos EUA carregando materiais que poderiam ter derrubado o aparelho.

 

Referindo-se à ação de Abdulmutallab como uma "tentativa de ato terrorista", Obama prometeu, na segunda-feira, 28, "fazer tudo que podemos para manter os EUA seguros", e declarou: "Os Estados Unidos desejam mais do que simplesmente fortalecer nossas defesas. Continuaremos a usar todos os elementos de nosso poder nacional para deter, desmantelar e derrotar os extremistas violentos que nos ameaçam".

 

A Al-Qaeda da Península Arábica reivindicou responsabilidade pelo ataque frustrado, que teria sido uma retaliação a uma operação americana contra o grupo no Iêmen.

 

Uma nota divulgada na internet pelo grupo disse que Abdulmutallab agiu de modo coordenado com membros da Al-Qaeda e usou explosivos fabricados pela organização.

 

McDonough disse que a mensagem ainda não foi autenticada.

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