22 de janeiro de 2010 | 17h53
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está preocupado com as denúncias sobre o "ciberataque" do qual o Google acusa Pequim, informou nesta sexta-feira, 22, a Casa Branca.
Veja também:
China nega acusações dos Estados Unidos
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton, que acompanha Obama em uma visita ao estado de Ohio, o presidente "continua preocupado com a violação à segurança na internet que o Google atribui à China".
"Conforme disse a secretária de Estado americana Hillary Clinton, tudo o que queremos da China são respostas" às acusações, indicou o porta-voz.
O porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, Mike Hammer, declarou à imprensa estrangeira que "não é uma questão" em que alguém acusa alguém, disse. "Simplesmente pedimos uma explicação e esperamos uma resposta".
Inicialmente, a Casa Branca não quis se envolver na polêmica, que agora está na pauta diplomática dos países. Na semana passada, o porta-voz presidencial, Robert Gibbs, tinha se limitado a indicar que o Governo mantinha contato com o Google sobre o assunto e queria uma internet "livre", sem censura.
Hillary Clinton afirmou em seu discurso de quinta-feira que esperava "que as autoridades chinesas fizessem uma revisão minuciosa das invasões na internet das quais são acusadas pelo Google" e "que esta investigação e seus resultados sejam transparentes".
A secretária afirmou que a internet foi uma fonte de "grande progresso" na China, mas advertiu a Pequim que "países que restringem o livre acesso à informação ou violam os direitos básicos dos usuários da internet correm o risco de ficar fora do progresso do próximo século".
Já o porta-voz do Ministério dos Exteriores chinês, Ma Zhaoxu, advertiu nesta sexta que as críticas de Washington "prejudicam as relações bilaterais".
No último dia 12, o procurador da internet ameaçou fechar suas operações na China após sofrer um "ciberataque" proveniente do país asiático dirigido a contas de e-mail de ativistas pró-direitos humanos. A ação afetou também pelo menos outras 34 empresas nos EUA, segundo relatos.
O Google decidiu revisar sua estratégia na China, onde atua há quatro anos, ao entender que não estão sendo cumpridos os objetivos assumidos no país e que a fizeram aceitar a censura governamental.
Facebook, Twitter e YouTube são bloqueados na China, que usa um poderoso firewall para impedir usuários de verem sites estrangeiros que tenham conteúdo que desagrada ao Partido Comunista.
Encontrou algum erro? Entre em contato