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Obama, sobre situação em Ferguson: EUA têm muito a fazer sobre relações raciais

Por STEVE HOLLAND
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um apelo por calma na noite de segunda-feira aos manifestantes e à polícia após um júri do Missouri ter decidido não indiciar um policial branco que matou a tiros um jovem negro desarmado em agosto. Em pronunciamento na Casa Branca, Obama também pediu aos norte-americanos que compreendam que ainda há muito trabalho a ser feito para melhorar as relações entre os cidadãos negros do país e os agentes da lei. "Precisamos aceitar que essa decisão era do júri. Há americanos que concordam com ela e há americanos que estão profundamente desapontados, até irritados. É uma reação compreensível", disse Obama. Manifestantes inconformados foram para as ruas de Ferguson, no Missouri, na noite de segunda-feira, e houve violência após a decisão do júri de não indiciar o policial Darren Wilson por ter matado a tiros o jovem de 18 anos Michael Brown. A morte gerou semanas de protestos, às vezes violentos, na cidade nos arredores de St. Louis e deflagrou tensões raciais. Obama disse que ainda há muitas partes do país onde há profunda desconfiança entre os agentes da lei e as comunidades negras, e que é preciso tomar medidas para melhorar a situação, como aumentar o número de pessoas de minorias que entram na polícia. "Parte disso é resultado de discriminação racial neste país e isso é trágico, porque ninguém precisa de um bom policiamento mais do que as comunidades pobres com índices de violência mais altos. A boa notícia é que nós sabemos que há coisas que podemos fazer", disse Obama.

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