15 de novembro de 2012 | 20h03
O presidente caminhou por trechos destruídos do distrito de Staten Island, conversando e abraçando pessoas como Glenda e Damien Moore, pais de dois meninos, de 2 e 4 anos, que morreram ao serem arrancados dos braços da mãe pela enxurrada.
A pedido do casal Moore, Obama dedicou um elogio ao tenente da polícia nova-iorquina Kevin Gallagher, que passou a noite ao lado da família prestando auxílio naquela noite trágica.
"Ele fez isso porque é isso que muitos dos nossos socorristas fazem. Eles vão além do dever para responder às pessoas em necessidades", disse Obama a jornalistas.
Foi a primeira viagem de Obama a Nova York depois da tempestade e da sua reeleição, em 6 de novembro.
Mais de cem pessoas morreram nos EUA por causa da tempestade Sandy, sendo pelo menos 22 em Staten Island -um enclave com tendência republicana dentro de Nova York, que no entanto deu 50 por cento dos votos para Obama, contra 49 por cento para seu rival Mitt Romney.
Obama aproveitou a visita para anunciar a nomeação do secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, o nova-iorquino Shaun Donovan, como responsável da parte do governo por supervisionar o esforço de reconstrução após a tempestade.
Mas ele não respondeu exatamente como o estrago será pago.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, estimou que a tempestade tenha causado estragos e lucros cessantes no valor de 50 bilhões de dólares, sendo mais de 30 bilhões só no seu Estado.
A Agência Federal de Gerenciamento de Emergências deve reembolsar algumas vítimas e governos locais por seus prejuízos, mas só dispõe de 8,1 bilhões de dólares, o que significa que o Congresso precisará destinar mais verbas, num momento em que a moderação fiscal é a palavra de ordem em Washington.
A tempestade também provocou aumento nos pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA na semana passada e afetou a produção industrial de novembro, nos primeiros sinais do impacto que Sandy poderá ter sobre a economia dos EUA no quarto trimestre.
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