17 de agosto de 2009 | 17h22
As palavras de Obama tiveram como objetivo preparar os norte-americanos para o longo percurso. As mortes de soldados em combate aumentaram desde que ele determinou um recrudescimento das tropas para combater o Taleban, e as pesquisas de opinião mostraram uma redução no apoio da população à guerra, que dura oito anos.
"A insurgência no Afeganistão não aconteceu da noite para o dia e nós não a derrotaremos da noite para o dia", disse Obama ao maior grupo de militares veteranos dos EUA, o Veterans of Foreign Wars.
Obama explicou por que ele acredita que a política para o Afeganistão, lançada este ano, está dando certo e por que os EUA precisam continuar comprometidos em estabilizar o país, devastado pela guerra.
"Essa não é uma guerra por escolha. Essa é uma guerra por necessidade", afirmou Obama. "Os que atacaram os Estados Unidos em 11 de setembro estão tramando fazer isso de novo. Se deixada fora de controle, a insurgência no Taleban acarretará um lugar ainda mais seguro de onde a Al Qaeda planejará matar mais americanos."
"Portanto, essa não é apenas uma guerra que vale a pena ser lutada, ela é fundamental para a defesa de nosso povo", afirmou Obama.
Desde que assumiu o poder em janeiro, ele mudou o foco da guerra no Iraque, mais impopular ainda, para o Afeganistão, considerado a sua prioridade número 1 em política externa.
Obama discursou enquanto os afegãos se preparam para votar na quinta-feira em uma eleição que o Taleban promete tumultuar. O grupo está mais forte do que nunca desde que foi derrubado do poder em 2001.
Um teste crucial para a estratégia de Obama será garantir a realização da votação. Este ano, os EUA enviaram 30 mil soldados adicionais ao Afeganistão.
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