
10 de setembro de 2010 | 18h03
GAINESVILLE - O porta-voz do pastor Terry Jones reafirmou nesta sexta-feira, 10, que o reverendo não vai queimar exemplares do Alcorão neste sábado, aniversário dos atentados do 11 de setembro.
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"Quero ser claro e confirmar 100% que não haverá exemplares do Alcorão queimados amanhã", disse o porta-voz K.A. Paul, segundo a AFP.
Na quinta-feira, o religioso havia dado uma entrevista na qual anunciara que havia desistido do 'Dia da Queima do Alcorão', após protestos de autoridades do governo americano e no mundo islâmico.
Nas últimas 24 horas, no entanto, o pastor chegou a dizer que a queima estava suspensa, e não cancelada, e chegou a dar um ultimato ao imã Feisal Abdul Rauf, líder islâmico de Nova York, que coordena o projeto de construção de uma mesquita islâmica perto do marco zero.
Segundo Jones, os dois teriam acertado uma reunião amanhã em Nova York para tratar da mudança do centro islâmico. O imã nega ter tido qualquer contato com o reverendo da Flórida, que dirige uma pequena igreja protestante crítica aos muçulmanos.
Jones comanda uma igreja pouco conhecida e é autor do livro The Islam is of the Devil (O Islã é do Demônio, em tradução livre). Segundo o pastor, o Alcorão é "maléfico" por expor uma verdade que não é a da Bíblia e incita um comportamento violento entre os muçulmanos.
Os islâmicos consideram o Alcorão e todo material que tenha seus versos ou os nomes de Allah e do profeta Maomé como sagrados. Qualquer ação que danifique ou desrespeite o Alcorão é considerada extremamente ofensiva.
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