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Pentágono pode ajudar WikiLeaks a revisar documentos secretos

Site se diz preocupado com nomes de civis afegãos que possam ser prejudicados

Atualização:

ESTOCOLMO - O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta quarta-feira, 18, que o Pentágono mostrou-se disposto a discutir os pedidos da página para ajudar a revisar os documentos secretos sobre a guerra no Afeganistão ainda não divulgados para evitar a publicação de informações que possam ser prejudiciais a civis.

 

Veja também:lista  Leia a íntegra no Wikileaks  (Em inglês)

 

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"Nesta semana, fomos contatados por meio de nosso advogados e avisados que o Conselho Geral do Exército dos EUA quer discutir o assunto conosco", disse Assange em uma entrevista por telefone. A informação não havia sido confirmada por Washington.

 

O WikiLeaks pediu a ajuda de Washington na revisão dos documentos para evitar a divulgação de nomes de civis afegãos. Na semana passada, Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, disse não estar a par de qualquer movimentação dos militares para contatar a diretoria do WikiLeaks.

 

Assange disse que "foi feito contato", mas acrescentou que não estava claro se o Pentágono ajudaria ou não o WikiLeaks. "É sempre positivo que as partes conversem. Nós apreciamos o engajamento deles", disse, reiterando que o site tem planos de divulgar mais documentos sobre a guerra no Afeganistão "entre duas e quatro semanas".

 

Os 77 mil documentos vazados pelo Wikileaks cobrem o período de janeiro de 2004, durante administração de George W. Bush, até dezembro de 2009, quando o atual presidente americano, Barack Obama, iniciou o envio de mais 30 mil soldados ao país asiático. Seriam divulgados outros quase 15 mil papéis.

 

Os documentos, publicados pelos jornais New York Times e The Guardian e pela revista Der Spiegel, revelam detalhes minuciosos da guerra empreendida pelos EUA e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) desde 2001 e consistem em um dos maiores vazamentos de documentos secretos da história americana.

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