Pentágono prepara comando militar para o ciberespaço, diz NYT

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O Pentágono pretende criar um novo comando militar para proteger o ciberespaço, melhorando a preparação das Forças Armadas dos EUA para ações defensivas e ofensivas de guerra por computador, disse o jornal The New York Times nesta sexta-feira. Esse comando militar complementaria um esforço civil que o presidente Barack Obama deve anunciar nesta sexta-feira, no sentido de reformular as salvaguardas para as redes de computação no país, segundo o site do jornal. Citando fontes oficiais, o Times disse que o presidente vai detalhar na sexta-feira a criação de um departamento da Casa Branca para coordenar um bilionário esforço para restringir o acesso a computadores do governo e proteger os sistemas que administram as Bolsas dos EUA, liberam transações bancárias e integram o controle do tráfego aéreo. O Times disse que o departamento civil será responsável pela coordenação entre as defesas do setor privado e do governo contra milhares de ataques virtuais realizados todos os dias contra os EUA, em geral por hackers, mas às vezes por governos estrangeiros. Fontes do governo disseram que Obama não falará sobre o plano do Pentágono na sexta-feira. Mas o presidente deve assinar nas próximas semanas um decreto sigiloso para criar o comando cibernético. A necessidade de melhorar a segurança digital dos EUA ficou clara em abril, quando o Wall Street Journal afirmou que ciberespiões haviam invadido rede elétrica dos EUA e deixado softwares que poderiam afetar o sistema. O Times disse que os EUA já têm muitas armas no seu arsenal informático, e deve preparar estratégias para usá-las como dissuasão, junto com armas convencionais, em diversos tipos de possíveis conflitos. A Reuters já havia informado que empresas no mercado da segurança digital incluem fabricantes de softwares de segurança, como Symantec e McAfee, empresas tradicionais de defesa, como Northrop Grumman e Lockheed Martin, e companhias de tecnologia da informação, como CACI International. O Pentágono trabalhou durante meses numa estratégia para o ciberespaço, concluída há poucas semanas, mas cuja divulgação foi adiada devido a divergências a respeito da autoridade do departamento da Casa Branca e do orçamento para toda a iniciativa, segundo a reportagem.

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