WASHINGTON- O Pentágono publicou nesta sexta-feira, 20, o relatório final sobre o massacre da base militar de Fort Hood, no qual recomenda medidas como a maior colaboração entre as agências governamentais para detectar sinais de perigo entre as categorias militares.
O responsável pelo massacre no qual morreram 13 pessoas e mais de 40 ficaram feridas e que comoveu os Estados Unidos em novembro de 2009 foi o major Nidal Malik Hassan.
Hassan, um psiquiatra do Exército, abriu fogo na base do estado do Texas e é investigado por possíveis vínculos com extremistas islâmicos.
Para evitar que indivíduos perigosos passem desapercebidos no Exército, o Pentágono disse que melhorará os sistemas para compartilhar informações entre as diferentes agências do governo sobre possíveis ameaças.
Além disso, o Departamento de Defesa vai garantir que os comandantes tenham acesso a informações chave sobre os históricos do pessoal militar e treinará os militares do alto escalão para detectar condutas suspeitas entre membros das tropas, segundo o relatório.
"Estas iniciativas melhorarão de forma significativa a habilidade do Departamento para controlar ameaças internas", afirma na introdução do relatório o secretário de Defesa, Robert Gates.
Segundo Gates, as novas medidas permitirão também melhorar a resposta diante de situações de emergência e oferecer a devida assistência às vítimas e seus familiares.
Nos dias seguintes ao massacre se soube que Hassan, que é muçulmano, tinha manifestado ideias extremistas e alguns colegas expressaram dúvidas sobre sua estabilidade mental. Também veio à público seu contato com o clérigo radical da Al-Qaeda Anwar al-Awlaki.
As agências de inteligência consideraram que os contatos com Awlaki respondiam a um trabalho de investigação de Hassan e não tomaram medidas contra ele.