
12 de agosto de 2014 | 09h24
Michael Brown, de 18 anos, foi morto em um subúrbio predominantemente negro da cidade de St. Louis na tarde de sábado, após o que policiais disseram ter sido uma disputa envolvendo uma arma dentro de uma viatura policial. O FBI abriu uma investigação sobre o que foi apontado como um caso de racismo.
A família Brown contratou o mesmo advogado que representou a família de Trayvon Martin, um adolescente negro e desarmado que foi morto a tiros por um guarda comunitário em 2012, provocando protestos em todo o país.
"Ele acabou de se formar e estava a caminho da faculdade", disse a mãe de Brown, Lesley McSpadden, entre lágrimas durante um coletiva de imprensa na segunda-feira, referindo-se ao que teria sido o primeiro dia de aula de seu filho no ensino superior.
Ela pediu por calma, mas protestos pedindo pela prisão e condenação do policial responsável pela morte de Brown acabaram em violência. Carros de bombeiros, ambulâncias e reforços policiais foram enviados para o local, que se transformou em um cenário de caos. Um policial equipado para contenção de tumultos chegou a ser acuado por um grupo de jovens manifestantes.
Um grande número de pessoas, dispersadas de uma área com gás lacrimogêneo, voltou a se reunir em frente a uma delegacia gritando "Mãos ao alto, não atire".
"Não vamos deixar essa passar", disse Dreya Harris, de 18 anos, morador de St. Louis.
Mais de 50 pessoas foram presas até a manhã desta terça-feira, informaram a polícia e a mídia local.
No domingo à noite, multidões quebraram carros e vitrines, atearam fogo a um edifício e saquearam lojas. Ao menos vinte estabelecimentos foram danificados, 32 pessoas presas e dois policiais ficaram feridos, disse a polícia.
(Reportagem adicional de Mary Wisniewski em Chicago)
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