Porta-aviões dos EUA visita o Rio de Janeiro

USS George Washington participará de manobras conjuntas na região

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Grande como três campos de futebol, duas vezes mais alto que a estátua do Cristo Redentor e poderoso como nenhuma outra máquina de guerra, com sua frota de 90 aviões, bombas inteligentes, mísseis diversos - e um provável, mas nunca admitido, arsenal de armas atômicas - o porta-aviões USS George Washington, o CVN 73 da Marinha dos Estados Unidos, é esperado nesta segunda-feira, 21, no Rio de Janeiro. O gigante chega protegido pelo sigilo e por medidas de segurança. A hora da entrada em águas da Baía da Guanabara, por exemplo, só será anunciada pela manhã. E pode ocorrer apenas nesta segunda.   LEIA MAIS INFORMAÇÕES NA EDIÇÃO IMPRESSA DESTA SEGUNDA-FEIRA DE 'O ESTADO DE S. PAULO'   O espaço aéreo em torno dos navios é declarado área especial de defesa em tempo integral. O CVN73 vem com 3.200 tripulantes. Vai participar da 49ª Operação Unitas, uma das mais antigas manobras navais conjuntas do hemisfério. Dessa vez integram o ensaio navios e aeronaves do Brasil e da Argentina. De acordo com o tenente-comandante Bill Urban, o objetivo da missão é "desenvolver a capacidade de operação conjunta - essa relação é uma forma de tornar a região mais segura para todos". Urban destaca que espera "um exercício também para nós; oportunidade de aplicar conhecimentos e promover cooperação multilateral".   O porta-aviões permanecerá fundeado na Baía da Guanabara, mas não vai atracar - é grande demais e o pier da base não tem profundidade nem pontos de amarração com a capacidade necessária. "Será possível vê-lo a distância como uma notável estrutura", acredita Urban. O oficial acredita que haverá tempo para que todos os militares a bordo conheçam o Rio. "A tripulação está excitada e ansiosa para conhecer a cidade", afirmou. A epidemia de dengue preocupa. Além de ouvir um briefing a respeito dos cuidados a tomar, cada homem e mulher vai receber um frasco de repelente antes de pisar em terra. O salão de beleza interno prevê 1.500 atendimentos entre quinta-feira e manhã, quando começam as licenças.

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