Presidente do Afeganistão pretende reforçar laços durante visita aos EUA

Tensões recentes entre os dois países não devem atrapalhar encontro de Karzai com Barack Obama

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WASHINGTON - O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, chegou em Washington nesta segunda-feira, 10, em uma visita que pretende reforçar os laços entre os dois países depois de diversos mal-entendidos e acusações públicas devido a guerra que já ocorre a 9 anos no território da Afeganistão.

 

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Karzai será recebido com todas as honrarias tradicionais durante sua visita de quatro dias, incluindo uma conferência de imprensa nos jardins da Casa Branca com o presidente Barack Obama na quarta-feira, onde é esperado que os dois troquem sorrisos e calorosos apertos de mão.

 

Mas entre quatro paredes, a mensagem de Obama deve ser firme - que Washington quer começar a retirada das tropas americanas do Afeganistão em julho de 2011 e que Karzai deve fazer um trabalho melhor em seu governo e que deve combater a corrupção.

 

"Aonde acharmos que há mais para ser feito, comunicaremos diretamente ao povo afegão, e procuraremos apoiar iniciativas positivas em problemas relacionados com a corrupção e governança da maneira que pudermos", disse o secretário de segurança nacional Ben Rhodes.

 

A Casa Branca admite que houve "altos e baixos" na relação entre os dois países, referindo-se aos comentários anti-Ocidente feitos por Karzai, inclusive de que grande parte da culpa pela corrupção era dos doadores estrangeiros.

 

Em um editorial no jornal Washington Post no domingo, Karzai também disse que também houve "nossa cota de desacordos" mas acredita que a visita terá uma conotação positiva.

 

"O que nos manteve nos manteve juntos é a nossa visão estratégica de uma Afeganistão cuja a paz e estabilidade possam garantir a segurança dos povos afegão e americano", escreveu Karzai.

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Karzai disse que boa governança e cortar a corrupção pela raiz eram algumas de suas prioridades, prometendo "fazer mais".

 

Especialistas dizem que é importante mostrar que as recentes tensões foram deixadas para trás, já que os países precisam um do outro.

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