18 de março de 2009 | 20h26
Alguns presos confinados na prisão naval de Guantánamo, encravada em Cuba, podem ser soltos nos Estados Unidos, enquanto outros devem ser levados a julgamento pelo Judiciário norte-americano, disse o secretário de Justiça, Eric Holder, nesta quarta-feira, 18. Holder, indicado pelo presidente Barack Obama para supervisionar os esforços do governo para fechar a prisão militar de Guantánamo no prazo de um ano, disse que a análise sobre o destino de cada detento já começou.
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Cerca de 240 suspeitos de terrorismo, inclusive supostos planejadores dos atentados de 11 de setembro de 2001, estão na prisão - alguns deles há mais de sete anos, sem jamais terem recebido qualquer acusação formal, e no passado submetidos a métodos de interrogatórios qualificados por críticos como tortura.
O governo enfrenta intensa resistência política à ideia de que alguns presos sejam levados para os EUA. O EUA esperam transferir alguns deles para outros países, especialmente na Europa, e libertar outros.
"Para os que estão na segunda categoria, dos que podem ser libertados, há uma variedade de opções que temos. Entre elas a possibilidade de que poderíamos soltá-los neste país", afirmou.
Seria possivelmente o caso, segundo o secretário, de 17 muçulmanos chineses da etnia uigur, presos há cinco anos. Eles já poderiam ter sido soltos, mas Washington teme que sejam perseguidos se devolvidos à China, e nenhum país até agora se dispôs a recebê-los. "Estamos tentando arranjar lugares para eles", disse Holder sobre os uigures, cujos advogados pediram a Obama que eles sejam levados para os EUA.
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