
03 de setembro de 2008 | 08h43
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, fará uma visita considerada histórica à Líbia na sexta-feira, 5, informou o Departamento de Estado. A visita de Rice será a primeira de um secretário de Estado americano ao país desde 1953. A Líbia estava na lista dos países promotores de terrorismo do Departamento de Estado até 2006, quando resolveu abandonar seus programas de desenvolvimento de armas de destruição em massa e renunciou ao terrorismo. De acordo com o governo americano, a visita da secretária é uma prova de que os Estados Unidos não possuem inimigos permanentes e demonstra o sucesso das políticas de não-proliferação nuclear adotados pela administração de Bush. O governo americano espera ainda que a visita de Rice sirva para mostrar a outros países, como a Coréia do Norte e o Irã, os benefícios de uma reaproximação com os Estados Unidos. O presidente da Líbia, Muanmar Kadafi, chamado pelo ex-presidente americano Ronald Reagan de "cachorro louco", irá receber Rice na sua chegada ao país. A reaproximação foi consumada após um amplo acordo assinado por Trípolo e Washington no início de agosto, que prevê indenização de vítimas dos dois países de ataques de ambos os Estados. O governo líbio pagará indenização às vítimas do atentado contra o vôo da Pan Am sobre Lockerbie, na Escócia, em 1988, no qual morreram 270 pessoas, e às de um atentado a bomba em uma discoteca em Berlim em 1986, que matou 3 pessoas e feriu 229. O governo americano, por outro lado, concordou em indenizar vítimas dos bombardeios dos EUA em Trípoli e Benghazi em 1986. Nesta semana, Kadafi demonstrou satisfação com o fim da crise diplomática com os Estados Unidos, e afirmou que tudo o que a Líbia quer no momento é ser deixada em paz.
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