01 de agosto de 2007 | 15h55
O ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos Donald Rumsfeld pediu desculpas nesta quarta-feira, 1, a um comitê legislativo ao depor em relação à informação errônea divulgada sobre a morte do cabo Pat Tillman, um ex-astro do futebol americano, morto por "fogo amigo" em 2004 no Afeganistão. Rumsfeld e o ex-chefe do Estado-Maior Conjunto general Richard Myers compareceram nesta quarta a uma audiência do Comitê de Supervisão e Reforma do governo da Câmara de Representantes, que dirige uma das várias investigações sobre o incidente. Tillman, que largou um lucrativo contrato como jogador na Liga Nacional de Futebol Americano e se alistou nas Forças Especiais (Rangers) do Exército após os atentados de 11 de setembro de 2001, morreu no Afeganistão, em 22 de abril de 2004. Inicialmente, os comandantes militares descreveram a morte de Tillman em termos heróicos de combate e sacrifício, e o soldado recebeu uma condecoração póstuma. No entanto, parentes de Tillman e outros soldados disseram mais tarde que o ex-esportista morreu ao ser baleado por seus próprios colegas durante um combate. Rumsfeld, em seu primeiro discurso ao Congresso desde que o presidente, George W. Bush, o substituiu, em novembro, por Robert Gates, disse que desde que chegou ao Pentágono, em 2001, frisou a seus subordinados a necessidade e a importância de se dizer a verdade. "Desde o começo de minha gestão escrevi um memorando aos homens e mulheres do Departamento de Defesa", afirmou. "Os senhores notarão que o princípio número um, o primeiro, foi: 'Não faça algo que possa pôr em dúvida a credibilidade do Departamento de Defesa'". O presidente do comitê, o democrata Henry Waxman, da Califórnia, disse que "até o momento houve sete investigações no caso do cabo Tillman, e, embora o Exército tenha anunciado ontem (terça-feira) sanções contra seis oficiais, ainda há perguntas importantes que ficaram sem resposta". "A ocultação do fratricídio do cabo Tillman fez com que milhões de americanos questionassem a integridade de nosso governo, mas ninguém pode nos dizer ainda quando e como a Casa Branca aprenderá a verdade", disse Waxman.
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