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Secretário de Segurança dos EUA adverte contra aumento da imigração infantil

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O secretário norte-americano de Segurança Nacional, Jeh Johnson, advertiu aos pais de crianças centro-americanas sobre os perigos de enviar ilegalmente seus filhos aos Estados Unidos, como parte dos esforços da Casa Branca para conter o fluxo de menores que estão cruzando a fronteira. Johnson disse que as crianças que saem da América Central enfrentam viagens perigosas sem permissões das autoridades de imigração no país de destino. Qualquer pessoa capturada cruzando a fronteira de maneira ilegal pode ser deportada, independentemente da idade, disse em carta aberta que circulou na imprensa em língua espanhola durante do fim de semana. Cerca de 47 mil crianças desacompanhadas dos seus pais cruzaram a fronteira no sul dos Estados Unidos neste ano, incluindo nove mil em maio, disse Johnson. A maioria tenta fugir da violência das quadrilhas e o narcotráfico na Guatemala, em Honduras e El Salvador. "Tenho uma mensagem muito simples para os pais destas crianças: mandar um filho ou uma filha viajar ilegalmente aos EUA não é a solução", disse Johnson. A autoridade disse que era compreensível o desejo de tentar que um filho ou uma filha tenha uma vida melhor nos EUA. "Mas os riscos que implica expor uma criança desacompanhada à imigração ilegal para alcançar esse sonho são muito altos e as 'autorizações' de imigração não existem", acrescentou Johnson na mensagem. As crianças que estão nas mãos dos contrabandistas enfrentam possíveis abusos, psicológicos e sexuais, e podem ser submetidos à prostituição. Além disso, as condições para cruzar a fronteira serão piores em julho e agosto, quando as temperaturas sobem, indicou. A Casa Branca anunciou na sexta-feira milhões de dólares de financiamento adicional para atender às causas que levaram ao aumento na imigração infantil. Os republicanos atribuem a entrada de menores à decisão de 2012 do presidente norte-americano, Barack Obama, de reduzir algumas deportações de jovens que entraram ilegalmente nos EUA com a ajuda dos seus pais. Os EUA aprovaram projeto de imigração no ano passado, mas a legislação está parada na Câmara dos Deputados, onde os republicanos continuam profundamente divididos sobre o que fazer com os mais de 11 milhões de residentes ilegais que vivem nos EUA. (Reportagem de Ian Simpson)

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